Ao entrarmos no teatro, os atores já
estão em cena, parcialmente escondidos atrás das páginas de um livro. Tão logo
nos acomodamos, vamos percebendo detalhes e pequenas sutilezas no cenário. O
palco de dimensões restritas, se encontra totalmente preenchido por objetos
cênicos, alguns visíveis, outros não. Imediatamente a curiosidade da nossa
criança interior é aguçada, e deixamos o mundo real para entrar na fantasia, guiados
por personagens como Alice, Ahab, Drácula, Dom Quixote, Pequeno Príncipe e
Pinóquio.
Ao completar 20 anos de existência, a Cia Teatro Lumbra de Animação (formada pelos sombristas Alexandre Fávero, Têmis Nicolaidis e Fabiana Bigarella) apresenta um trabalho potente e original. Em Criatura da Literatura, os personagens/objetos não ganham forma apenas por suas sombras- Fávero e Têmis também interagem com eles, por vezes até se assumem como os próprios personagens. Esta opção inovadora e arriscada propicia uma maior proximidade entre o espectador e a história, literalmente derrubando a barreira da quarta parede.
A ludicidade e o rompimento com a linearidade (tempo/ lógica/ pensamento) são os pontos principais da montagem dirigida por Fávero. A opção por objetos feitos de materiais descartados, como papelão e plástico, reforça a idéia da brincadeira inventada que valoriza o tempo de maneira diferente. Por outro lado, nada segue uma lógica aparente- nem mesmo a escolha das histórias- , o que permite a cada espectador, não importando a sua idade, fazer suas próprias conexões e dialogar com a narrativa de maneira pessoal e independente.
Uma das cenas mais lindas na sessão de sábado (dia 5 de outubro) aconteceu pós- espetáculo: as crianças sentadas no palco a manipularem os objetos cênicos, encantadas, fazendo perguntas e trocando com os atores. Uma alegria imensa perceber que a criança ainda precisa brincar “de verdade”, mesmo que de faz-de-conta. Na fantasia, o prazer está em imaginar um mundo de possibilidades.
Ao completar 20 anos de existência, a Cia Teatro Lumbra de Animação (formada pelos sombristas Alexandre Fávero, Têmis Nicolaidis e Fabiana Bigarella) apresenta um trabalho potente e original. Em Criatura da Literatura, os personagens/objetos não ganham forma apenas por suas sombras- Fávero e Têmis também interagem com eles, por vezes até se assumem como os próprios personagens. Esta opção inovadora e arriscada propicia uma maior proximidade entre o espectador e a história, literalmente derrubando a barreira da quarta parede.
A ludicidade e o rompimento com a linearidade (tempo/ lógica/ pensamento) são os pontos principais da montagem dirigida por Fávero. A opção por objetos feitos de materiais descartados, como papelão e plástico, reforça a idéia da brincadeira inventada que valoriza o tempo de maneira diferente. Por outro lado, nada segue uma lógica aparente- nem mesmo a escolha das histórias- , o que permite a cada espectador, não importando a sua idade, fazer suas próprias conexões e dialogar com a narrativa de maneira pessoal e independente.
Uma das cenas mais lindas na sessão de sábado (dia 5 de outubro) aconteceu pós- espetáculo: as crianças sentadas no palco a manipularem os objetos cênicos, encantadas, fazendo perguntas e trocando com os atores. Uma alegria imensa perceber que a criança ainda precisa brincar “de verdade”, mesmo que de faz-de-conta. Na fantasia, o prazer está em imaginar um mundo de possibilidades.
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é uma experiência reconfortante especialmente quando percebemos que o essencial
(ainda) é simples – muito simples – e invisível aos olhos!